A Carta que nunca te escrevi #5

Alô meus queridos!!
Espero que esteja tudo bem com vocês que as vossas frequências, testes ou trabalhos estejam a correr todos mega bem!


Na publicação de hoje com vocês mais uma Carta da rúbrica " A Carta que nunca te Escrevi", esta é uma carta particular pois a autora da carta ecreveu para ela mesma. Um texto lindissímo que merece ser lido com olhos de ver.

"Para ti, que tens imensos trabalhos para fazer, mas estás a ver mais uma comédia romântica (aquela, sim, que já viste milhentas vezes, essa mesmo). Tu que, quando estás triste, compras um gelado - não te anima, mas deixa o saber na língua, para não te esqueceres a que sabe a felicidade, mesmo que não a sintas. A mesma que tem como perdição livros pequenos e baratos que lês num dia, ao ouvir a playlist do Spotify, enquanto bates o pé a cada batida mais forte da bateria. Aquela que canta e não se cala, nunca. Não é que os outros não se queixem (eles fartam-se), mas se, quando cantas, estás feliz, porque não espalhar essa alegria? A Escuteira que nasceu para ter a função de secretária e tem medo de ser algo mais que isso; a irmã chata que se farta e a filha que muda de ideias como quem muda de roupa interior; a que se apaixona e se desapaixona num piscar de olhos.
Tu que és isto e muito maistenho algumas coisas para tedizer
Não tenhas medo de ser quem és. Em tudo deixa um bocadinho de ti para poderes estar em qualquer lado ao mesmo tempo. Pratica o bem, sendo o exemplo. Não tens que deixar de fazer as coisas só porque te parece mal – como dizem os mais velhos, “quem não arrisca, não petisca”. 
Ama tudo e todos os dias. Ama lugares, fotografias, pessoas, flores. Ama até transbordar. Porque o amor é natural e simples, fácil e que dá gosto, ama até não poderes mais. É no amor que mais conhecemos as pessoas e é com ele que estamos bem e felizes. 
Viaja pelo mundo fora. Por um mês ou só um fim-de-semana. Para a outra ponta do globo, ou pela tua cidade vizinha. Compra postais e fala com os locais. Come pratos tradicionais e passa pelas ruas apertadas que os turistas não visitam. Cria as memórias ridículas com as circunstâncias mais banais que encontrares, porque são essas as melhores recordações - as não planeadas e que, sem jeito algum, tornam-se o melhor das viagens.
Valoriza os pequenos gestos. Um bilhete no teu caderno, uma mensagem a dizer “Vi isto e lembrei-me de ti” ou um simples sorriso pela manhã. Deixar passar as crianças que estão com pressa ou até palavras não tão simpáticas que foram ditas sem intenção. Celebra os pequenos acontecimentos, dá presentes quando podes e elogia tudo e todos. 
Canta, até te falhar a voz. Canta o que quiseres, quando quiseres e com quem quiseres, desde que cantes com sentimentos e paixão. Não cantes só por cantar, mas canta com toda a emoção que a música te transmite. O palco é teu, ergue-te e diverte-te.

No fundo, sê feliz."

Um imenso obrigada a ti minha querida, por seres uma miúda cheia de vida e com muito sucesso ainda pela frente, gosto imenso de ti!! E tal como dizes "No fundo, sê feliz."

Um grande beijinho,
Melani Rodrigues

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