A CARTA QUE NUNCA TE ESCREVI #6

Sejam muito bem-vindos a mais uma Publicação!

 Sabem como odeio desculpar-me sempre que publico, mas realmente tenho sentido que tenho falhado um pouco convosco, mas a minha disponibilidade não tem sido muita e faz com o Blog fique um pouco para trás, mas agora sem mais desculpas vamos lá à publicação de hoje!

Hoje partilho com vocês mais uma Carta da rúbrica " A Carta que nunca te Escrevi", esta carta foi escrita por alguém que faz uma retrospetiva dela mesma em relação a uma ligação com aquele que " não foi o seu primeiro amor". Um texto que merece ser lido com olhos de ver.

"É complicado, a meu ver, falar nem que seja um pouco sobre algo que tem tanto significado para nós. Aquela velha frase clichê que diz “há coisas que não se explicam” ? Olhem, eu não gosto de ser pirosa, mas o meu lado sensível concorda com esta afirmação, e lá no fundo eu sei que é mesmo isso o que eu acho.

Eu exijo ser aquela durona, que é firme e se mantém no seu lugar, mas as marcas ficam... as pessoas deixam pegadas... as ligações, que são tão únicas com cada um dos nossos, à nossa volta, ficam mais que registadas. São elas que nos constituem e fazem quem nós somos. É como se existissem vários cabos de energia que nos abastecessem.

Bem, se há coisa que gosto é de refletir. O quanto é bom, acima de tudo, falar connosco próprios. Somos os nossos melhores ouvintes. E, desta vez, vou realçar uma ligação muito importante, com um alguém. Esse alguém, é muito especial...

Começo por afirmar que não foi o meu primeiro amor. Sim... já houve uns três toques boca com boca, muitos mimos de um suposto casal, mas nunca foi um real envolvimento físico. Não sei... acabou por não acontecer. Mas, foi só um amigo? Eu acho sinceramente que não.

São os olhares que se conhecem e que não dá para evitar não se conhecerem, e sabem  porquê? Porque encontro nele o meu refúgio. É o quente que me conforta. É o abraço que encaixa ao meu. É o feitio e o escudo frio e insensível que dão comigo em maluca, mas que me dão uma vontade esganada de olhar por ele e de o proteger. Foram mil e uma discussões e sabem qual foi a resposta a isso? Ninguém se querer perder um ao outro, porque sem essa pessoa, fica um vazio que ninguém preenche. Pois é, é o meu pequenino, o meu companheiro... é o meu melhor amigo. É verdade. Somos muito nós... e digo, convictamente: tudo isto tem aí amor pelo meio. Desde o orgulho, ao medo, à frieza, à mágoa, à muita adoração um pelo outro. Há aí algo e não é só mera amizade. Fizemos história para contar, porque vos digo, isto nem contado chegava.

Será que já acabou ? Não sei, é um impasse. Como sempre o fomos.  É alguém que levo para sempre no coração e é uma química que vai dar sempre um brilho aos meus olhos. É a realidade, para quê dizer que não.

Tenho comigo sempre uma certeza... somos para a vida vos garanto. “A amizade é um amor que nunca morre”, acho que se adequa a nós.

Esse alguém, é muito especial..."

Um grande beijinho,

Melani Rodrigues