O diário de uma Escuteira - Caminheiros em busca do desconhecido

Alô meus queridos, espero que esteja tudo bem com vocês!!
  Hoje partilho com vocês mais uma das minhas aventuras nos Escuteiros, agora como Caminheira.
SEXTA-FEIRA:
" Estou um pouco nervosa, não sei o que esperar deste fim de semana, de certo que será mais uma aventura que nunca irei esquecer, são marcas de amor e aventura que ficam para sempre. São 21:15 e estou atrasada "JU DESPACHA-TE TEMOS QUE IR EMBORA" começa o drama dos atrasos. Chegamos finalmente ao ponto de encontro as pernas estão tremer de tanto nervosismo sinto-me uma verdadeira Lobita. Vão chegando um a um, todos de sorriso nos lábios e cheios de espectativas, até uma amiguinha de 4 patas chega entusiasmada para ir connosco, a pequenina Milu. Chegou a hora das despedidas os pais abandonam o local e a pequena Milu regressa a casa, esta será uma aventura demasiado perigosa para ela. 
    Entre problemas de sons, caniches, anilhas agrafadores e tudo mais são 00:30 e está na hora de nos fazermos à estrada para um destino que ainda nos é desconhecido, distribuímos-nos pelos carros colocamos o sinto pomos um grande som e aqui vamos nós!!!
    A viagem foi baseada em curva, contra curva "Mel não gosto dessa música" mais uma curva "Porquê que ele está sempre a travar??" "Será que estamos longe?" mais um curva e duas dorminhocas que nos primeiros 10km já estavam a dormir (fraquinhas). Começamos a ver placas a indicar Lousã será que este vai ser o nosso local de atividade? Pois bem só tivemos essa resposta respondida quando chegamos Aldeia de Xisto - Chiqueiro às 02:15. 



   Tiramos as malas dos carros, dividimo-nos pelas 2 casas que estavam ao nosso dispor, trocamos de roupa, estendemos os nosso colchonetes e sacos de cama sentamo-nos e começa a saga dos jogos (o jogo da ilha, o jogo da boa educação e 1..2..3 Ligação) até ao momento em que se ouve chamar para o Ceia, o momento que sendo sincera todos ansiávamos ahah. Depois de termos barriguinha cheia está na altura de cada um ir para os seus aposentos. Já nos sacos de cama ouvimos bater à porta, temos visitas alguns elementos da outra casinha vieram nos visitar para mais uma ronda de jogos, piadas e uma barrigada de gargalhadas. Já cansados começamos a fechar os olhos são 5:30 amanhã temos um grande dia, temos de descansar "Até amanhã fofinhos" "Durmam bem".

SABÁDO:

   São 9:00 da manhã, hora de acordar, uns fingem não ouvir que os estamos acordar outros viram-se para o outro lado e voltam a dormir até o chefe chegar e nos mandar levantar a todos e vestirmos a farda de campo, ouvir " vestir farda de campo" quando estão 6ºC é uma das melhores formas de nos fazer acordar. Saímos dos sacos de cama com os dentes a bater e vamos trocando as calças quentinhas pelos calções. 
   Depois de lavar a cara, cantamos umas musicas para acordarmos e fazer-mos os outros acordarem de verdade, tomamos o pequeno almoço, lavamos os dentes e antes de partir para uma bela caminhada ainda há tempo para mais uma musica e 2 ou 3 fotos. 


Já de malas (pequenas) às costas partimos para os caminhos pedestres das Aldeias do Xisto. Entre descidas acentuadas em que parecemos ninjas agarrados às árvores e onde a única forma de não cair é ir de sku ou agarrados uns ao outros, que no caso de correr mal caímos todos tipo dominó. Com todo este rebuliço claro que houve espaço para quedas e até uma queda camuflada em vontade de fazer flexões mas acima de tudo um caminho de boa disposição. 
 Durante o caminho foi impossível não ficar de olhos pasmados com tamanha beleza, ouvir o som dos riachos e das cascatas naturais, foram algumas das maravilhas que pudemos assistir. Depois de 1,5Km chegamos à primeira Aldeia, a Aldeia Talasnal. Antes de ir fazer o almoço ainda houve tempo para visitar rapidamente algumas partes da aldeia e tirar algumas fotos.
Enquanto os cozinheiros preparavam o almoço os restantes espalharam-se pela aldeia uns decidiram continuar a visitar, outros ficaram aproveitar o sol e os restantes decidiram jogar cartas, houve ainda quem fizesse tudo. 










   
    Os nossos Top chefes chamam-nos para almoçar e servem-nos uma bela esparguete à bolonhesa que se diga que era digna de estar numa carta de restaurante. De barriguinha cheia mas com espaço para a sobremesa juntamo-nos em volta de 6kg de tangerinas e começa " alguém me pode descascar uma? é que não tenho unhas"... depois de cada um comer 20 tangerinas e de entre cada tangerina cantarmos uma música avista-mos um grupo de caminheiros da Região de Coimbra. 
  É então hora de arrumar e limpar tudo para ir fazer uma dinâmica daquelas que tanto gostamos. Após muitas gargalhadas é hora de partir para uma nova aldeia.
O caminho até aldeia Casal Novo é bastante escorregadio e em parte perigoso, foi necessária atenção e cooperação de todos, é nestes momentos que percebemos que realmente somos um clã e que a força que nos une é muito mais do que a que nos separa. Durante o caminho tivemos ainda direito a mais paisagens de cortar a respiração e de algumas paragens para tirar fotos em família. 
     Após chegarmos ao Casal Novo e de fazermos uma visita rápida à aldeia e tirar algumas fotos (como tanto gostamos de fazer em cada paragem) foram nos dadas algumas indicações sendo uma delas o regresso a campo.

Já cansados decidimos parar um pouco, um pouco antes da nossa aldeia para descansar, cantar mais uma ou duas músicas e tirar uma dezena de fotos.
Após o nosso momento de convívio, descemos a rua chegando assim a "casa" onde mudamos de roupa e reunimos para falar dos nossos objetivos para este ano ou para projetos a longo prazo enquanto clã. Com a chegada da Chefia foi altura de ir preparar o jantar, uns ficaram a descascar batatas e os restantes foram lavar a loiça que ficou por lavar à hora de almoço.   Já jantados foi altura de terminar o filme "MAX" o nosso imaginário da atividade e abordar mais um tema importante o nosso PPV - Plano Pessoal de Vida. Onde escrevemos objetivos pessoais que temos a curto ou a longo prazo, sozinhos ou acompanhados, é algo que é nosso e onde podemos escrever o que realmente queremos sem medo de não ser concretizável ou de não conseguir cumprir. Para escrever o nosso PPV espalhamo-nos pelas 2 casas.        Após terminar o PPV pudemos estar na galhofa até ser horas da Ceia. Enquanto uns já estavam na companhia do João Pestana os restantes contavam piadas, fazendo-nos rir sem podermos mais, contamos histórias da nossa vida, coisas que nos tinham acontecido enquanto escuteiros...houve espaço para tudo. Ainda antes da ceia foi escrita a Carta de Clã onde todos se comprometeram fazer esforços. Chegou então a hora da tão desejada ceia, entre chouriços, morcelas, pão, queijo e muita animação adormeci, o cansaço era tanto que não consegui aguentar acordada para além do mais o colo e o ombro de quem adormeci eram muito confortáveis. Terminada a Ceia acordaram-me para ir dormir, hoje não havia sono que aguentasse para mais uma noite de jogos e gargalhadas. Chegados aos sacos de cama só houve espaço para um "Até amanhã, durmam bem" e fomos todos rapidamente embalados."


Continua...
Espero que tenham gostado e que fiquem curiosos para saber o final desta grande aventura que termina na próxima Publicação!!
Uma Canhota amorosa,
Melani Rodrigues

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